O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) aumentou as propostas de reajuste para os servidores de agências reguladoras. Em reunião nesta quinta-feira (15/8), o governo federal prometeu estudar as reivindicações dos servidores que vão além da remuneração.
Até agora, o MGI já promoveu seis mesas de negociação e apresentou cinco propostas, mas ainda não agradou os servidores, que iniciaram uma mobilização esse ano batizada de Valoriza Regulação.
A pasta comandada pela ministra Esther Dweck subiu de 23% para 27% a proposta de reajuste salarial para os servidores de carreira e de 14,4% para 15,5% para as carreiras do Plano Especial de Cargos (PEC).
Os aumentos na remuneração seriam pagos em duas parcelas, em 2025 e 2026. A categoria deve se reunir na próxima semana para decidir se aceita ou recusa a proposta.
Caso a oferta não agrade aos servidores, não está descartada a possibilidade de uma paralisação mais longa ou de uma greve, para pressionar o governo por uma resolução.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), pela primeira vez, o MGI propôs estudar a chamada pauta não-remuneratória da categoria.
O governo pretende criar um grupo de trabalho para tratar da mudança de nomenclatura de cargos e da obrigatoriedade de ensino superior para ingresso na carreira.
Paralisações
O Sinagências convocou uma paralisação para esta quinta-feira (15), durante a reunião com o MGI.
A programação inicial era uma paralisação de 72 horas, mas os planos foram alterados por conta da queda do avião da Voepass em Vinhedo (SP).
Servidores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) foram destacados para atuar na investigação das causas da queda.
Em assembleia no dia 7 de agosto, os servidores rejeitaram a última proposta do governo, por entenderem que seria possível conseguir reajustes mais vantajosos.
O MGI conseguiu um acordo com as carreiras do Ibama no dia 12 de agosto.