Seagems consolida liderança no mercado offshore com novos contratos bilionários e expansão da frota

A empresa brasileira de engenharia submarina Seagems solidifica sua posição no mercado nacional com a operação de cinco de suas seis embarcações sob novos contratos de longo prazo com a Petrobras, movimentando um total de US$ 1,8 bilhão. O navio Rubi foi o mais recente a finalizar os testes de aceitação, unindo-se aos já operacionais Jade, Diamante, Topázio e Esmeralda. A expectativa é que o sexto navio, Ônix, também inicie suas operações com a Petrobras no terceiro trimestre de 2025, após concluir sua participação nas operações do campo de Atlanta.

Ricardo Bicudo, diretor de operações da Seagems
Ricardo Bicudo, diretor de operações da Seagems

Essa nova fase reforça a parceria de longa data entre as duas empresas, que se estende desde o início das operações da Seagems em 2014. Ricardo Bicudo, diretor de operações da Seagems, explica que a conquista desses contratos de longo prazo se deve à consistência no desempenho da empresa.

“A conquista dos contratos de longo prazo com a Petrobras foi resultado direto do desempenho consistente ao longo dos últimos anos”. Bicudo destaca a excelência operacional da frota, com alto índice de disponibilidade e confiabilidade, além da eficiência na execução de interligações submarinas em águas profundas e ultra profundas, e o rigor no cumprimento dos indicadores de segurança e meio ambiente. No entanto, ele enfatiza que o fator decisivo foi a convergência para a melhor proposta comercial, combinando competitividade de preço com sólido desempenho técnico.

A frota da Seagems é composta por seis navios PLSV (Pipe Laying Support Vessel), projetados para o manuseio de dutos flexíveis em águas profundas. Cinco deles – Diamante, Topázio, Ônix, Jade e Rubi – possuem dois carrosséis para armazenamento de dutos com capacidade entre 2.500 e 4.000 toneladas, ideais para projetos de grande escala. O Esmeralda, de menor porte, conta com carrosséis de 2.000 e 500 toneladas e se destaca por sua versatilidade, incluindo um sistema HLS (Horizontal Lay System) que permite o lançamento horizontal de dutos, ampliando suas possibilidades de atuação, inclusive em águas rasas. Essa diversidade técnica permite otimizar o desempenho de cada campanha, conforme a complexidade e os requisitos operacionais do projeto. “A frota da Seagems é composta por seis navios PLSVs com especificações técnicas complementares, o que garante à companhia uma grande versatilidade operacional para atender a diferentes tipos de demanda no offshore brasileiro”, explica Bicudo.

O processo de aceitação do navio Rubi foi concluído com sucesso em tempo inferior ao previsto, atestando a plena capacidade técnica e operacional da embarcação para atender às condições estabelecidas em contrato. “No caso do navio Rubi, o processo de aceitação seguiu todas as etapas previstas pela Petrobras e foi concluído com sucesso em tempo inferior ao originalmente previsto”, comenta o Diretor de Operações. Com isso, o Rubi já está apto para atuar no suporte à Petrobras, principalmente na instalação e manuseio de dutos flexíveis nos campos do pré-sal.

Com 36% do mercado nacional de interligação e manuseio de dutos flexíveis submarinos, a Seagems busca expandir sua participação avaliando continuamente novas oportunidades, sempre alinhadas à dinâmica do mercado e à evolução das demandas do setor offshore. A empresa também investe na capacitação contínua de profissionais através da Seagems Excellence Academy (SEA), que recentemente implementou um simulador de manobras de passadiço em parceria com a COPPE/UFRJ.

Embora o foco principal permaneça na consolidação do mercado nacional, a Seagems não descarta oportunidades internacionais que façam sentido, como demonstrado por campanhas anteriores no México e em Moçambique. “A Seagems tem como prioridade estratégica a consolidação e o fortalecimento de sua atuação no mercado offshore brasileiro, onde mantemos uma presença sólida e contratos de longo prazo com nosso principal cliente”, pontua Bicudo. “No entanto, acompanhamos com atenção as movimentações do setor em mercados internacionais e estamos abertos a avaliar oportunidades que façam sentido.”

Para atender às crescentes exigências técnicas e ambientais da indústria de óleo e gás, a Seagems adota uma abordagem estruturada. Bicudo destaca investimentos na capacitação de equipes, com destaque para a SEA e parcerias com centros acadêmicos, além da adoção de tecnologias de digitalização, automação e manutenção preditiva. A empresa também avança em iniciativas de descarbonização e otimização energética, alinhando suas práticas aos compromissos globais de sustentabilidade. “A Seagems se prepara para atender às crescentes exigências técnicas e ambientais da indústria de óleo e gás por meio de uma abordagem estruturada e de longo prazo”, afirma.

Olhando para o futuro da engenharia submarina no Brasil, que promete ser promissor nos próximos 5 a 10 anos, especialmente com o protagonismo do país nas operações offshore em águas profundas e ultra profundas do pré-sal, a Seagems se posiciona como uma empresa preparada para os desafios. “A engenharia submarina no Brasil tem um futuro promissor nos próximos 5 a 10 anos, especialmente considerando o protagonismo do país nas operações offshore em águas profundas e ultra profundas”, prevê Bicudo. Ele acredita que a transição energética global exigirá adaptação inteligente do setor, e a engenharia submarina será chave tanto na otimização de sistemas existentes quanto no desenvolvimento de tecnologias híbridas que integrem fontes renováveis e reduzam a pegada de carbono.

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