Dando início ao segundo e último dia de Feilub e Lubescon, Marcelo Guimarães, Gerente Executivo de Óleos Básicos da Iconic, apresentou um “outlook” do mercado de óleos básicos e lubrificantes. A apresentação foi multifocal, e destacou que a infraestrutura tem sido cada vez mais um fator decisivo para o sucesso da empresa.
Outro tópico trazido novamente à pauta do Congresso foi a tendência de crescimento do mercado de lubrificantes, impulsionada pelo aumento da frota brasileira, que segue crescendo e mantém o mercado de lubrificantes aquecido. A expectativa de crescimento é de +1,7% no consumo de combustíveis e de +2% no mercado de lubrificantes.
Guimarães, assim como Sérgio Rebelo no primeiro dia, afirmou que o papel do Brasil como importador líquido de óleos básicos é vital, e que o cenário dificilmente mudará no curto e médio prazo. A tendência para o país é de menor dependência de importações, favorecendo empresas já estabelecidas no Brasil, que dispõem de infraestrutura robusta para atender o mercado.
Entretanto, apesar de avanços que podem reduzir a dependência externa, a autossuficiência é considerada improvável. “Não existe hoje um continente, fora a Ásia, que seja autossuficiente nas principais matrizes de óleos básicos”, lembrou.
Infraestrutura como diferencial
A infraestrutura foi apontada como fator crítico de sucesso para empresas que desejam se manter competitivas no mercado. Grandes players se consolidaram investindo em logística e capacidade de estocagem, enquanto as empresas que negligenciaram infraestrutura, perderam relevância.
“Fizemos uma pesquisa com alguns clientes e descobrimos que disponibilidade e atendimento são vistos como tão importantes quanto o preço. E faz total sentido, já que, se a empresa não tem uma infraestrutura adequada, fica difícil de você ter a prontidão de carregar o produto ao cliente.”
Apesar do otimismo com relação à expansão do mercado nos próximos anos, existem desafios, em especial a projeção de custos, que é vista como uma atividade crucial, porém cada vez mais desafiadora; os fatores de oferta e demanda, que são contraditórios; a queda de consumo nos EUA e Europa e o
crescimento da demanda na Índia e na África.
“Cabe a nós ter a habilidade de lidar com o maior número de informações e usar muita intuição na tomada de decisão”, disse o Gerente. “As empresas têm que ter um apetite por risco e uma política de risco que permita apostar e arriscar.”