O Paraná vem se destacando no cenário nacional da produção agrícola, especialmente na cultura do milho, que tem ganhado importância estratégica para o setor de biocombustíveis. Segundo dados da EEmovel Agro, em uma área de abrangência de 120 km a partir de Campo Mourão, o estado cultiva mais de 3,1 milhões de hectares de milho na segunda safra, com uma produção estimada em quase 259 milhões de sacas. Esse volume representa um potencial para a produção de mais de 6,2 milhões de litros de etanol de milho, quase o dobro do potencial observado na região de Nova Mutum, no Mato Grosso, onde já existe uma usina em operação.
A usina de etanol que está em construção em Campo Mourão pela cooperativa COAMO reforça a relevância do Paraná para o mercado de biocombustíveis, com capacidade para processar 1,7 mil toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol diariamente, resultado de um investimento de 1,7 bilhão de reais. Embora o foco tradicional da região seja a soja, o milho se consolida como a segunda cultura mais plantada, com municípios como Ubiratã, Mamborê e Campina da Lagoa liderando a produção.
Além do potencial produtivo, o Paraná possui uma infraestrutura robusta para armazenamento e logística, essencial para garantir a eficiência da cadeia produtiva do etanol de milho. O estado conta com uma capacidade total de armazenamento de 38.981.622 toneladas, distribuídas em 5.182 silos, segundo dados da EEmovel Agro. Essa estrutura facilita o escoamento da produção e torna o Paraná ainda mais atrativo para investimentos em novas usinas e tecnologias, contribuindo para o fortalecimento do agronegócio local e para o desenvolvimento sustentável da região.
“Com a expansão do mercado de etanol de milho, o Paraná apresenta condições excepcionais para se tornar um polo nacional nesse segmento. A capacidade produtiva da região, aliada à estrutura para armazenamento e processamento, coloca o estado em vantagem competitiva importante, comparado a outras regiões tradicionalmente produtoras, como o Mato Grosso. Isso deve atrair mais investimentos e gerar desenvolvimento econômico local”, explica Luiz Almeida, Diretor de Operações Agro da EEmovel Agro.
Crédito Imagem: Adair Sobczak