O mercado financeiro voltou a elevar as projeções para a inflação no Brasil. A mediana do relatório Focus, divulgado ontem pelo Banco Central, para o IPCA de 2025 subiu pela nona semana consecutiva, passando de 4,59% para 4,6% – acima do teto da meta, de 4,5%. Um mês atrás, a projeção era de 4,12%.
A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro da meta permanece em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4,5%). Se a inflação ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
A estimativa intermediária para a inflação de 2024, por sua vez, passou de 4,84% para 4,89%, também acima do teto, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,64%.
No Focus, a mediana para a inflação de 2026 continuou em 4%, interrompendo uma sequência de seis semanas de alta. A projeção para 2027 avançou de 3,58% para 3,66%, o segundo aumento consecutivo.
SELIC. A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 saltou de 13,5% para 14%, no primeiro boletim divulgado após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira passada. O cole
Mediana de expectativas para IPCA sobe a 4,6% no ano que vem, ante 4,59% da pesquisa anterior
giado elevou os juros em 1 ponto porcentual, de 11,25% para 12,25%, e sinalizou mais dois aumentos da mesma magnitude – que levariam a taxa a 14,25% em março do ano que vem, o maior nível desde 2016.
O relatório informa que a mediana de expectativa do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 subiu de 3,39% para 3,42%, quarta alta consecutiva. •