Uma biorrefinaria da gestora Mubadala Capital anunciou que vai produzir no Brasil um combustível verde e renovável com custo semelhante ao do mesmo material fóssil, em um projeto que está sendo desenvolvido na Bahia, com investimentos de US$ 3 bilhões (por volta de R$ 17,2 bilhões).
O diretor executivo da Mubadala Capital, Leonardo Yamamoto, disse em evento do banco UBS que o projeto surgiu quando o grupo comprou, usando a Acelen, uma refinaria fóssil da Petrobras, a Mataripe, em São Francisco do Conde, na Bahia, em novembro de 2021.
Naquele momento, em meio às discussões da agenda de transição verde, surgiu a ideia de construir uma biorrefinaria integrada, desde a fazenda até o destino final da molécula. “Esse projeto se tornou de dimensão grande, e foi separado (da refinaria)”, disse Yamamoto. A “antiga” Mataripe deve ser vendida.
A biorrefinaria quer recuperar terras degradadas na Bahia e em Minas Gerais, replantando árvores da macaúba, planta nativa do Brasil.
O objetivo é utilizar a macaúba para produzir óleo vegetal, que será refinado para produzir em seguida a molécula verde. “Pretendemos construir um projeto que tem muita escala”, disse Yamamoto. Quando pronta, o que deve ocorrer em 2027, a usina deve produzir 100 mil barris por dia de querosene renovável de aviação.