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ExpoPostos encerra 21ª edição com mais de 24 mil visitantes

Segmento, fundamental para economia, movimenta R$ 500 bilhões por ano no Brasil,
segundo dados da ANP

Mais de 24 mil visitantes compareceram durante a 21ª ExpoPostos & Conveniência, maior feira de postos de serviços, equipamentos, lojas de conveniência e food service da América Latina. Os números, expressivos, refletem a importância do evento, que neste ano contou com mais de 250 expositores de mais de 10 nacionalidades, que apresentaram ao mercado soluções inéditas e inovadoras para o segmento, setor fundamental para economia, uma vez que movimenta R$ 500 bilhões por ano no Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A maior edição de sua história contou com um fórum integrado, com debates sobre o cenário e tendências do setor de postos e conveniência no Brasil, América Latina e EUA.

De acordo com Tatiana Zaccaro, diretora de unidade da GL Events, responsável pela promoção e organização da ExpoPostos, “Em 2024, a ExpoPostos cresceu 60% em número de expositores e a área de estandes praticamente dobrou, alcançando um recorde de 250 marcas. Além disso, em uma iniciativa realizada de forma inédita pela GL, organizadora da feira, foram efetuados processos para neutralizar a emissão de carbono, ação estendida também aos expositores. O objetivo foi contribuir ainda mais como o meio ambiente, e a consequente preservação do planeta, já que a ação permitiu que as organizações presentes pudessem fazer uso dos protocolos internacionais para atingirem as metas de diminuição da emissão de gases poluentes, ajudando, de forma direta, para a redução do aquecimento da Terra”, destaca.

Um grande diferencial dessa edição foi o lançamento do aplicativo oficial da ExpoPostos disponibilizado para as plataformas Android e IOS, o qual possibilitou a realização de network entre todos os participantes e expositores. “Desenvolvido para atender todas as demandas dos profissionais, o app conta com uma interface interativa onde os usuários trocavam contatos e mensagens por chat, visualizavam o mapa completo da feira, bem como podiam participar de um game inédito, onde os próprios visitantes e expositores pontuavam através de interações com o app e nos stands da feira, e concorriam a prêmios nos três dias”, explica.

Outro destaque, continua Zaccaro, foram as discussões propostas, cujos temas são essenciais para o futuro do setor, como a transição para combustíveis mais limpos e as principais tendências globais da área. “No Fórum registramos o dobro de inscritos. E, com isso, tivemos oportunidades únicas de falar sobre o mercado de postos de combustíveis, conveniência e a transição energética, que inclui uma série de inovações e novas necessidades para o segmento”, comenta.

Fórum e Arena do Conhecimento

O evento também contou com a participação de especialistas, que compartilharam suas visões sobre as tendências e desafios desse processo, como, por exemplo, Roberto Ardenghy, do – Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), que ressaltou a relevância da produção de petróleo no Brasil. “Se o Brasil parasse de produzir petróleo, o mundo passaria a emitir mais CO2”.

 

Thiago Castilha, da Associação Brasileira das Empresas de Equipamentos e de Serviços para o Mercado de Combustíveis e de Conveniência (ABIEPS) apontou o potencial econômico na transição, destacando que “explorar a revenda de energia é uma forma de obter um bom ganho”. Já Daniel Maia, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), indicou que o país já está à frente nessa jornada: “Nós já estamos no futuro”, ressaltando que é preciso avaliar o equilíbrio entre o avanço da matriz energética e o impacto para a população.

O economista Eduardo Giannetti traçou um panorama do mercado internacional de petróleo e os desafios e oportunidades para o setor de combustíveis no Brasil. De acordo com ele, a economia tem sido impactada por eventos de baixa previsibilidade, como a pandemia, guerras na Ucrânia e Oriente Médio – que impactam diretamente o setor do petróleo, polarização política, processo furioso de inovação tecnológica (incluindo inteligência artificial e uso de dados) e aumento da frequência de eventos climáticos extremos (chuvas no Rio Grande do Sul e os incêndios).

Tadashi Suzuki, diretor de Entrada em Novos Mercados da 7-Eleven Internacional, apresentou um case internacional sobre expansão para novos mercados, explicando que a diversidade no mix de acordo com os gostos do consumidor contribuem com o sucesso do negócio. Ele ainda comentou que adotar ferramentas de inteligência artificial para personalizar recomendações de acordo com as preferências dos clientes. A transformação digital foi um dos pontos de destaque do executivo, que comentou sobre soluções de pagamento via escaneamento do rosto, por celular e self-check-out, por exemplo. Além disso, ressaltou a sustentabilidade como ponto alto, com escolha de produtos, embalagens e fornecedores que tenham esse propósito no DNA. Para exemplificar, ele contou sobre as máquinas de smoothie com itens frescos e a venda de café especial com embalagem feita a partir de plantas, implementada na Austrália. O executivo também falou sobre a linha de produtos próprios que ajudam as lojas a ter maior margem de lucro. “Tudo para proporcionar a melhor experiência que o cliente pode ter”.

A Arena do Conhecimento da ExpoPostos estreou em 2024. A área de apresentações integrada à feira foi destinada a receber mais de dezenas de palestras, workshops e apresentações que abordam as novas tendências, tecnologias, leis e regulamentações para postos de serviços e lojas de conveniência, também levou aos presentes diversas palestras que trataram de temas relevantes, dentre os quais, os painéis “Energia do Futuro” e o canal de conveniência na visão da indústria.

Ricardo Berni, diretor de Marketing e Digital da Raízen (Joint-Venture entre a Shell e a Cosan), por exemplo, destacou em sua explanação que a Shell tem investido significativamente em um combustível limpo de segunda geração. “Um dos princípios estratégicos da nossa empresa é o processo de transição energética e a busca por fontes renováveis e a Shell tem feito isso através do que chamamos de E2G – Etanol de Segunda Geração, o qual é produzido a partir do bagaço da cana-de-açúcar”, explica.