Search
Close this search box.

Aprovação do PL do Combustível do Futuro destrava projetos de armazenamento de carbono no setor sucroenergético

Aprovado em decisão terminativa no Plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (11/09), o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que segue para sanção presidencial, tem como uma de suas peças-chave capítulo específico sobre o processo de captura, transporte e armazenamento de CO2 no subsolo ou CCS (captura e armazenamento de carbono em inglês). O tema, com forte potencial para criação de renda adicional para as usinas produtoras de etanol a partir de uma nova modalidade de geração de créditos de carbono, será o assunto central do ‘Carbonless Summit’ – evento marcado para os dias 04 e 05 de novembro na capital paulista.

“A nova legislação chega para estabelecer o marco-regulatório de CCS no país, determinando as diretrizes gerais para a atividade”, destaca Isabella Morbach, diretora da CCS Brasil, entidade que participou das discussões técnicas para elaboração da lei.

De acordo com Isabella, o Combustível do Futuro vai dar o arranque definitivo do tema no Brasil, destravando projetos já engatilhados, que avançam agora para a fase de real implantação. A especialista acentua a grande oportunidade que surge na cadeia produtiva do setor sucroenergético, já que o carbono gerado na fabricação de etanol está praticamente pronto para ser estocado, devido ao seu elevado grau de concentração – diferentemente de outros setores em que o CO2 precisa ser separado de outros gases.

Ironicamente, a operação de CCS passa por tecnologias desenvolvidas e aperfeiçoadas na extração de petróleo. Os mesmos equipamentos que injetam carbono para auxiliar o bombeamento do petróleo agora estão prontos para ampliar a sustentabilidade do setor sucroenergético, em particular do etanol, abrindo caminho para uma pegada negativa de carbono de um segmento que hoje já reduz em até 90% as emissões de gases de efeito estufa.

Marcado para novembro próximo, o ‘Carbonless Summit’, vai reunir em São Paulo alguns dos maiores especialistas brasileiros e internacionais no tema. É um assunto altamente estratégico para as usinas produtoras de etanol, pelo forte potencial para geração de renda adicional.

“As mais de 360 usinas que produzem etanol no Brasil têm a oportunidade de fazer do País o líder global nesse mercado, abrindo as portas para o acesso aos créditos de carbono que serão gerados a partir da estocagem geológica de CO2 e criando naturalmente mais uma fonte de receita para as usinas”, explica o geólogo Everton Oliveira, um dos organizadores do evento e presidente da Hidroplan, que juntamente com a CCS Brasil realiza o encontro.

SERVIÇO:
Carbonless Summit
Dias 04 e 05 de novembro de 2024
Auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo (CREA-SP)
Avenida Angélica, 2364 – São Paulo, SP