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Empresas anunciam investimento na produção de etanol

Foto: Divulgação Da esquerda para a direita, Tulio Abi-Saber, Vice-Presidente Financeiro, Erasmo Carlos Battistella, Presidente, e Leandro Luiz Zat, Vice-Presidente de Operações

O mercado do etanol está definitivamente aquecido. De acordo dados do Cepea/Esalq, entre 1º de abril e 3 de agosto, houve um crescimento de 113,5% nas vendas do produto em comparação com o mesmo período de 2023. Conforme pesquisadores do Cepea, a sequência de vendas aquecidas de hidratado na ponta varejista, a valores bastante competitivos frente à gasolina, tem contribuído para os aumentos no segmento produtor.

Além do aumento do consumo, a oferta do produto também deverá aumentar, pelo menos é o que indicam algumas iniciativas apresentadas pelo mercado nos últimos dias. A Cerradinho Bioenergia, empresa do setor sucroenergético, que produz açúcar, etanol e seus coprodutos, a partir da cana e do milho, anunciou um crescimento na produção de etanol. Durante o primeiro trimestre, a empresa produziu 316 mil m³ de etanol, um crescimento significativo de 41%, comparado ao mesmo período da safra anterior.

Foram processados 1,9 milhão de toneladas de cana-de-açúcar (+15% y/y) e 364 mil toneladas de milho (+77% y/y), crescimentos relevantes explicados, respectivamente pela melhor performance da operação de cana, em Chapadão do Céu (GO) e a operação em plena capacidade, da nova unidade de Maracaju (MS).

Segundo Renato Pretti, CEO da Cerradinho Bioenergia, “os resultados acumulados alcançados são uma consequência direta da entrada em pleno funcionamento da Neomille, em Maracaju (MS), na expansão da produção de etanol de milho, da melhora de performance operacional e da redução de custos, em ambos os negócios.”

Quem também anunciou inicio das obras de uma planta de Etanol em Passo Fundo (RS), foi a Be8. O parque fabril deverá produzir biocombustível com cereais, glútem vital e farelo. A planta é considerada a primeira de grande porte no estado. “Hoje começamos a tornar um sonho em realidade com mais este empreendimento industrial da Be8 em Passo Fundo, que vai trazer desenvolvimento e oportunidade para nossa região e mais uma solução de energia verde para a transição energética do país”, celebrou Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8 durante acompanhamento das atividades na área de construção.

“Tenho dito que não é uma fábrica e sim um parque fabril que vai abrigar quatro fábricas e produzirá alimento humano (glúten vital), energia renovável (etanol) e alimento animal (farelo) com muita inovação, o que coloca Passo Fundo e o Rio Grande do Sul em destaque nessa área”, destacou Battistella.

O início da atividade de terraplanagem movimenta 1 milhão e 500 mil metros cúbicos de terra, entre corte e aterro, numa área total de terreno de 80 hectares. A área construída da nova planta será de cerca de 40 hectares, ou mais de 63 mil metros quadrados.

Com previsão de operação em 2026, a fábrica de etanol vai gerar mais de 800 empregos durante a fase de implantação do projeto, dando preferência à contratação de mão de obra local, promovendo o treinamento e a capacitação especializada para manutenção e operação da unidade. Após a conclusão, serão gerados aproximadamente 175 empregos diretos na operação.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento no valor de R$ 729,7 milhões para a construção de fábrica. Do total, R$ 500 milhões são provenientes do Programa BNDES Mais Inovação. A adequação do investimento da Be8 ao Programa se deu pelo projeto prever a construção de planta pioneira de produção de biocombustível a partir de matérias-primas que ainda não haviam sido utilizadas para esse fim no Brasil, como trigo e triticale, entre outros.

 

Foto: Divulgação

Da esquerda para a direita, Tulio Abi-Saber, Vice-Presidente Financeiro, Erasmo Carlos Battistella, Presidente, e Leandro Luiz Zat, Vice-Presidente de Operações