A busca por soluções de mobilidade sustentável continua a beneficiar o mercado de carros eletrificados (elétricos e híbridos). Ao longo do tempo, o aumento da oferta torna os produtos mais acessíveis ao consumidor, uma vez que tende a baratear a tecnologia. Esses números, a princípio, já se mostram tão evidentes que já há previsões bastante otimistas para o mercado de veículos desse tipo no Brasil.
De acordo com estudo feito pela Bright Consulting, em 2030, haverá 1,4 milhão de carros elétricos nas ruas do Brasil. O mercado total terá, estima-se, 57 milhões no fim da década. Em 2024, no entanto, o País deve encerrar com 200 mil veículos eletrificados emplacados – 72 mil apenas com motorização 100% elétrica. Cabe ressaltar que 2023 fechou com 97 mil.
Destes 72 mil elétricos previstos, a princípio, a consultoria constata que 65% virão importados – 55%, só da China. “Mesmo os 35% produzidos localmente terão seus componentes de propulsão trazidos de fora pela falta de escala para a produção local dessa categoria de produto. O regime CKD para essa produção deverá ser realizada em linha de montagem dedicada pela alta tensão empregada pela bateria de propulsão, que requer dispositivos e processos exclusivos de controle e segurança”, enfatiza Cassio Pagliarini, diretor de marketing da Bright Consulting.
“Dessa frota, 87,5% ainda estará desprovida de um motor elétrico, o que demonstra que nossa dependência dos combustíveis líquidos fornecidos por postos de serviço durará ainda muito tempo”, aponta Pagliarini. A princípio, para que haja essa mudança, não são necessários apenas avanços tecnológicos. Há, ainda, alguns desafios a superar, como, por exemplo, mudanças na infraestrutura do País e “definição de regras fiscais”, aponta o estudo.