A recente mudança na presidência da Petrobras, com a nomeação de Magda Chambriard para comandar a estatal petrolífera no lugar de Jean Paul Prates, sinaliza um novo direcionamento para a empresa, e abre caminho para investimentos na exploração das vastas reservas de petróleo da margem equatorial.
Essa região, que se estende por mais de 2.500 quilômetros ao longo da costa brasileira, entre o Amapá e o Rio Grande do Norte, tem potencial de produção de 30 bilhões de barris de petróleo, o que pode elevar a produção nacional em 1,106 milhão de barris por dia a partir de 2029, segundo estudo da CBIE Advisory, um enorme potencial para o desenvolvimento dos estados do Norte e do Nordeste do país.
Magda é conhecida por ser defensora da exploração e produção de petróleo em águas profundas na margem equatorial, e foi a responsável por viabilizar a concessão de blocos nessa região quando foi diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), nos períodos de 2012 a 2016. A maior parte das áreas na margem com potencial para descobertas em águas profundas foram ofertadas na 11ª rodada, em 2013, quando ela estava à frente da entidade.
Para Carlos Logulo, organizador do Oil & Gas Summit, feira internacional que será realizada no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, em março de 2025, a mudança na gestão da Petrobras aponta a direção correta rumo à exploração sustentável das riquezas da margem equatorial.
“A Magda possui um histórico de sucesso na área de exploração de petróleo, com vasta experiência em projetos complexos. Sua visão estratégica e seu conhecimento profundo do setor garantem que a Petrobras esteja preparada para aproveitar as oportunidades na margem”, destaca Carlos.
“A exploração do petróleo na margem tem o potencial de aumentar significativamente a produção no Brasil, contribuindo para a segurança energética do país e geração de divisas. Além disso, a atividade vai gerar milhares de empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento econômico da região Norte e Nordeste, que serão beneficiadas com receitas através dos royalties”, explica o organizador do Oil & Gas Summit.