O reajuste no preço da gasolina deixou os soteropolitanos indignados. Nesta sexta-feira (19), a refinaria Acelen anunciou aumento de 5,1% para as distribuidoras. Nas bombas a diferença entre o preço novo e o antigo da gasolina comum pode chegar a R$ 0,80 em alguns postos. Alguém que precise abastecer um tanque de 50 litros, três vezes ao mês, por exemplo, terá que incluir mais R$ 120 nas despesas com combustível. Nas redes sociais, leitores cobraram a redução de impostos.
O impacto é sentido principalmente por quem usa o carro ou a moto como instrumento de trabalho. O motorista por aplicativo Rafael Nascimento, 30 anos, contou que está estudando quais medidas adotar para tentar aliviar o bolso. No mês passado, ele gastou cerca de R$ 800 com combustível.
“As corridas não são reajustadas na mesma medida que o preço da gasolina. Os aplicativos não acompanham os aumentos, então, a gente acaba tendo mais despesas pela mesma receita. Meu pai tem um carro a gás. Vou analisar com calma e ver o que vale mais a pena”, contou o motorista.
O aumento no preço da refinaria foi anunciado pela Acelen, nesta sexta-feira, mas já está sendo sentido nas bombas. Em alguns postos de combustíveis, o valor já chega a R$ 6,89, segundo pesquisa realizada no site Preço da Hora, durante a manhã. Vale ressaltar que as informações apresentadas pelo sistema são públicas e não correspondem a anúncios, promoções, indicação de qualidade ou qualquer tipo de ação comercial. O preço é obtido a partir do registro na Nota Fiscal e atualizado a partir da última venda.
A professora Márcia Lima, 49 anos, contou que está avaliando abrir mão do carro em alguns dias da semana para compensar as despesas. “Meu marido tem carro, então, vamos usar o dele nos dias em que ele tiver trabalho presencial. Vamos ter que desviar um pouco do trajeto dele e sair mais cedo de casa, mas acredito que será mais barato do que usar os dois carros. Já estava pensando mesmo em dispensar o veículo por conta das despesas”, disse.
Em nota, a Acelen justificou o reajuste pelas oscilações no mercado internacional. “Os preços dos produtos da refinaria seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais; a cotação do dólar e o frete, podendo variar para cima ou para baixo”, diz a nota.
O último reajuste ocorreu em fevereiro deste ano, quando a Refinaria de Mataripe anunciou que os aumentos para as distribuidoras seriam de 3% na gasolina, de 8% no diesel e de 2% no Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Nas redes socais, baianos cobraram a redução de impostos